sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ó minha branca e pequenina lua!








Porque tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, que és tu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?

Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?

Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:

E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!




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