Nas horas de
cabeça inclinada, nas horas
perdidas, por
vezes em redor
surge zumbindo,
roçando-nos
a ronda de
sílabas mudas,
os escarabeus
da fábula! Indícios
de labiais, de
sibilantes sem
vogais,
impalpáveis marcas
de vozes
negadas anelantes
por uma célula
vibrante de ar;
mensagens dos
vãos érebos
escavados pelo
tempo em nós, esmorecidas
crisálidas de
esperas
descidas sem
regressos
que talvez um
vislumbre afaste
d'um labirinto
de dias,
suspensos sobre
mínimos vórtices
de silêncio, ou
balançando num fio
de sentido, têm
a medida
do instante de
areia descendo...
depois
ocultam-se, apanhadas
por outra ronda
mais escura.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.